Instrumento de percussão de uma só corda, terá sido introduzido no Brasil pelos escravos africanos durante a exploração da cana-de-açúcar, incrementada pelos colonizadores portugueses ao longo dos séculos XVI e XVII.
Uma lenda diz que o berimbau nasceu de um ramo de uma árvore gigante (embondeiro), semeada pelos escravos africanos junto à residência familiar do «senhor de engenho», proprietário da unidade de produção de açúcar. A árvore era o ponto de encontro preferido dos escravos, a anfitriã das suas danças e cantares nocturnos, ocultando-os do olhar do fazendeiro, que pela janela da «casa-grande», os pressentia mas não os conseguir ver. 
Certo dia, dominado pela fúria, o fazendeiro foi ao quintal e matou a árvore. Nesse momento Saci-Pererê vinha saltando na sua única perna quando viu contorcer-se no chão um ramo que sobrara. Tirou o barrete vermelho da cabeça, encostou o ramo a uma cabaça que levava ao peito, e com as suas mãos de herbalista “zombeteiro” e “reinador” produziu o som “ts ts dom dim”. Tinha nascido o berimbau. E com ele a história dos negros começaria a ser contada e, sobretudo, dançada nessa forma de arte marcial que é a Capoeira.
Este berimbau de peito, construído a partir de materiais provenientes da região do Douro, alguns deles reciclados, foi apresentado pela primeira vez no Museu do Douro (Serviço Educativo), em Agosto de 2010, no âmbito das oficinas “Sons do Mundo”, concebidas e orientadas por Pedro Silva.
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