Friday 22 October 2010

Cajón Flamenco

 
CÁJON FLAMENCO
À primeira vista parece uma simples caixa de madeira mas rapidamente descobrimos tratar-se de uma autêntica bateria portátil. Falamos do “cajón”, um instrumento de percussão de origem afro-peruana, introduzido no flamenco, nos anos 70, por Rubem Dantas, percussionista brasileiro que o descobriu, juntamente com Paco de Lucia, durante uma digressão pelo Perú.
Inventado pelos escravos africanos, na sequência dos colonizadores espanhóis terem proibido os seus ritmos de tambor, o “cajón”, como o próprio nome indica, começou por ser uma caixa de madeira, usada no transporte de mercadorias. Com o passar do tempo, o instrumento ganhou notoriedade no acompanhamento das danças peruanas, sendo, desde 2001, reconhecido oficialmente, no Perú, como Património Cultural da Nação.
Ao generalizar-se o uso do “cajón” na música flamenca surge a designação “cajón flamenco”, que difere do instrumento peruano sobretudo pela afixação, no seu interior, de cordas de guitarra devidamente afinadas. Sendo um dos raros instrumentos musicais que também serve de assento ao próprio intérprete, o “cajón” foi difundido por todo o mundo e tem cada vez mais adeptos devido à sua simplicidade, versatilidade e grande potencial acústico. 


Este “cajón flamenco” inclui um par de baquetas estilo vassourinha, feitas a partir de materiais provenientes da região do Douro. Foi apresentado pela primeira vez no Museu do Douro (Serviço Educativo), em Agosto de 2010, no âmbito das oficinas “Sons do Mundo”, concebidas e orientadas por Pedro Silva.

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